Um Diário de Luke Wygand
Minha vovó adora o U2, uma banda Irlandesa que faz muito sucesso no mundo todo. Ela resolveu escrever uma cartinha para o Bono, vocalista da banda, falando da minha doença, pedindo para que a minha hashtag #golukewygand fosse gritada em alto e bom som quando ele e a banda fizessem o show no Brasil.
A cartinha foi traduzida para o inglês pela minha mãe e dizia assim, em português:
“Querido Bono
Sou uma grande fã e vou assistir ao seu show em São Paulo, Brasil. No livro Diários de um baby, meu neto, que tem uma doença muscular genética chamada miopatia nemalínica, fala sobre sua rotina diária no hospital e menciona o U2. Ele tem 12 meses e vive na Florida com seus pais.
Você está vindo para o Brasil e seria incrível e emocionante se eu pudesse conhecê-lo, mas especialmente se você gritasse no palco #golukewygand (que é o modo que seus pais criaram para sempre lembrá-lo de continuar lutando)”
Well! Bono não deve ter lido a cartinha, mas não tem problema e mesmo que a minha vovó tenha ficado longe do palco, ela levou uma faixa do “golukewygand”, fez a maior propaganda de mim na arquibancada, se divertiu muito no show com as amigas dela, que ajudaram a segurar a faixa, e claro tirou muitas fotos. Até ganhamos, eu e meu pai, que também somos fãs da banda, uma camiseta do U2.
Da próxima vez, disse a minha vovó: “vou ficar na turma do gargarejo”. Alguém sabe o que isso quer dizer? That’s ok! Vou pesquisar e conto para vocês.
Neste diário falei bastante da minha vovó, mas era necessário. Afinal não é todo dia que vovós escrevem uma carta para uma banda e comparecem ao show levando faixa com o nosso nome.
De qualquer maneira, e quem tem vovós sabe do que estou falando, elas têm mesmo um amor diferente pelos netos. São tão aconchegantes quanto o colo da nossa mãe e encantadoras como o sol. Não se cansam de cantar para nós, ensinam muitas coisas e por mais que cresçamos, sempre seremos o “netinho (ou netinha) amado da vovó”.
Obrigado por me lerem.
Um beijo e um UPA!
Luke